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Uma das mais tradicionais editoras brasileiras. Desde de 1943 publicando livros de excelente conteúdo.

26/08/2011

Editora Brasiliense e sua história (parte 7) – Dos anos 1990 aos dias de hoje: a presidência de Danda Prado

  Com a morte de Caio Graco em 1992, a Editora Brasiliense passa a ser presidida pela sua irmã, Danda Prado. Danda já participava da editora desde os anos 1960 quando era responsável pelo editorial: lia os originais enviados, avaliava as capas, etc. Foi a responsável pela criação de importantes coleções como: Jovens do mundo todo e Marcha do tempo. Por saber ler em francês, alemão e inglês, Danda Prado tinha facilidade com a leitura de textos nesses idiomas e assim, podia buscar autores que tinham grande abertura intelectual. Apesar das dificuldades impostas pelo governo da época, essas coleções buscavam abordar questões sociais que atingiam o público juvenil.
  Em sua gestão buscou imprimir sua marca pessoal à editora, mas sempre mantendo a tradição da Brasiliense em ser uma editora de vanguarda e abordar temas que necessitam ser debatidos em nosso país. Nos anos 1990, as coleções Encanto Radical e Primeiros Passos continuaram a ser uma fonte de novos e importantes títulos.
  Danda Prado sempre deu espaço para que os autores trabalhassem com títulos que abordassem temas polêmicos tais como, o preconceito e a sexualidade. Com ela, a Brasiliense foi uma das primeiras editoras a trazer o tema do aborto. Danda Prado também é autora e escreveu os seguintes títulos: O que é aborto, O que é família e o livro infantil Nossas adoráveis famílias, este último com a parceria de Bebeti do Amaral Gurgel.
  Dos anos 1990 para cá, a Editora Brasiliense passou por altos e baixos, perdas e ganhos e passou também por alguns problemas administrativos, diminuindo-se o número de lançamentos e de impressões dos seus livros. A Brasiliense sofreu um grande golpe quando perdeu os direitos de publicação da obra de Monteiro Lobato em 2007. No mercado editorial muitos foram os boatos sobre a sua venda e até sobre o seu fechamento, mas nada disso nos aconteceu. A Editora, mesmo com um quadro enxuto de funcionários, continua trabalhando para voltar a ter o seu lugar de destaque no cenário editorial brasileiro.
  Hoje, a Editora Brasiliense continua sendo presidida por Danda Prado que agora conta com o apoio de sua filha Carla Prado. 
  “Somente por meio da cultura podemos transformar”... Essa é a tradição da família Prado, que há 68 anos procura produzir livros que integrem autores e leitores em questões sociais relevantes em nosso país. A Brasiliense segue a sua linha acadêmica, voltada para a área de ciências humanas (Filosofia, Sociologia, Comunicação, Educação, etc.); e também com a sua linha infantil, abordando temas importantes para a formação da criança enquanto leitor.
  Nossos últimos lançamentos comprovam o interesse da Brasiliense em abordar temas atuais e importantes, tais como: bullying, comunicação hipermidiática e inclusão! Conheça nossas últimas publicações: Bullying, saber identificar e como prevenir, de Aramis Antonio Lopes Neto; O que é hipermídia, de Sérgio Bairon e O que é educação inclusiva, de Emílio Figueira.


Texto e adaptações por: Natália Chagas Máximo

05/08/2011

Editora Brasiliense e sua história (parte 6) – Os anos 1980 e a Coleção Tudo é História

       No último texto nós falamos sobre o surgimento da coleção “Primeiros Passos” e perguntamos se você sabia qual era a outra coleção de sucesso que a Brasiliense lançou nesse período. Você já descobriu?
    Com a mesma proposta de abordar temas consagrados em uma linguagem clara e simples e aproveitando o sucesso que estávamos tendo, a Brasiliense lançou em 1981 a coleção “Tudo é História”. O primeiro título dessa coleção foi As independências na América Latina de Leon Pomerantz.
     Em dois anos “Tudo é História” vendeu 600.000 exemplares de seus 76 títulos. Hoje a coleção já conta com mais de 150 títulos e os últimos lançamentos foram Teoria da História de Pedro Paulo Funari e Política e cultura no império brasileiro de Suely Robles Reis Queiroz.
     O top 10 da coleção “Tudo é História” é: Teoria da História, Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza, O Egito antigo, América pré-colombiana, A inquisição, O Oriente Médio e o mundo árabe, O mundo antigo: economia e sociedade, O nascimento das fábricas, As revoluções burguesas e O iluminismo e os reis filósofos.
    Na cola das coleções “Primeiros Passos” e “Tudo é História” seguiu-se uma série de coleções que procuravam atingir a recém-descoberta fatia do mercado: “Encanto Radical”, “Cantadas Literárias” e “Circo de Letras”.
    Caio Graco (até então presidente da Editora) faleceu em junho de 1992, esse fato trouxe novas dificuldades para a Editora, mas ao mesmo tempo, renovou o desafio que a move desde sua fundação: a produção de livros no Brasil. Com isso, nos anos 1990 Danda Prado (irmã de Caio Graco e filha de Caio Prado Júnior) assume a presidência da Editora Brasiliense. Mas isso é matéria para o próximo post.

Texto escrito por: Paulo Teixeira Iumatti
Adaptações e atualizações no texto por: Natália Chagas Máximo